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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Apelo (Para Nina Rosa)

Apelo (Para Nina Rosa)

Compositor: Bil-Rait "Buchecha"

É tão difícil essa vida
Vida essa me escolheu
Quero cantar toda a vida
Pois foi o dom que Deus me deu

Quero cantar como as águas
Que enchem de vida as veias do mundo
Quero irrigar todo canto
Do pranto mais raso, ao riso profundo
E como um sopro no tempo
Cantar como o vento que tudo alcança
Quero cantar como a mãe
Quero no colo sereno alimenta a esperança
Quero cantar como a flor, a madeira, a cigarra e o sabiá
Ser o olhar do poeta que encantado num canto compõe meu cantar
Quero cantar a mentira, quero cantar a verdade
Quero cantar a tristeza, transformá-la em felicidade
Despertar pra pra cantar mais um dia
É o sonho de todo cantor
Preciso cantar pra vocês, me deixem cantar por favor

Quero viver como a lua
Iluminando palcos, inspirando amantes
E quero morrer como o sol
Que não perde o brilho mesmo estando distante

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Paisagem sem cor



Paisagem sem cor
(Bil-Rait "Buchecha" e Nina Rosa)


Morena fala pra mim
O que eu te fiz pra ser tratado assim
Morena porque deixou
Sem teu amor o nosso bangalô 
Ontem abria a janela, a paisagem tão bela perdeu toda a cor
Triste, disforme e vazia, não tem a poesia que você pintou
Eu que te ofertava flores hoje’arco com as dores que mesmo plantei
Por não cumprir o que a ti jurei 
Morena fala pra mim
O que eu te fiz pra ser tratado assim
Morena porque deixou
Sem teu amor o nosso bangalô 
Ao chegar em nosso quarto ainda vejo o marco da nossa paixão
Aquela fotografia tirada no dia de nossa união
Que zomba, dilacera e ronda as lembranças gravadas por minha retina
Volte logo ao nosso lar, menina

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Anunciação




Quero
Um verso simples, sem palavras
Peço
Perdão pelo inusitado mote
Espero fazer a canção
Que espelhe todo sentimento
E afaste essa triste tormenta
Tenho
Mil coisas para te dizer mas calo
Diante da tua presença embalo
Sentimentos doces, pois sábios
São os que falam verdades
Sem medos, dor ou maldade
Sonho
Um dia poder te encontrar na praça
E a festa vai se espalhar pro mundo
Numa chuva de emoção e graça
Trazendo de volta o orgulho à raça
Anunciando a estação
Onde saltará a ilusão

Sigo
Pois com toda convicção
Confio
Em nosso poder de gerar
Sonhos, praças, sentimentos
Graças, orgulhos, canções
Sem medo vamos abraçar
O amor

Vejo
Um novo dia nascer
Espero
Que seja melhor que o ontem
Peço
Que o amanhã venha melhor
Que a manhã do dia de hoje
E é por isso que eu digo... 

Quero
Um verso simples, sem palavras
Peço
Perdão pelo inusitado mote
Espero fazer a canção
Que espelhe todo sentimento
E afaste essa triste tormenta
Sem medo vamos abraçar o AMOR
Sem medo vamos abraçar o AMOR
Sem medo vamos abraçar o AMOR
Sem medo vamos abraçar o AMOR

(Alexandre Magno e Bil-Rait "Buchecha")

Aquela sereia

Meu pensamento mareia
Corro os dedos na viola
Quem é aquela sereia?
Porque ela não me namora?
Me levanto e vou pro mar
Contemplar a lua cheia
Quem é aquela sereia?
Onde está o seu cantar?

Já perguntei pra João
Já procurei em alto mar
Já pesquisei nesse chão
Por onde ela andará?
Corra lá e diga a ela
Que não sou um pescador
Diga que lhe gosto muito
E só quero seu amor

Lua nova que vem lá
Olho grande que alumeia
Quem é aquela sereia?
Que num sei aonde esta
Lua nova e lua cheia
Só me deixaram minguante
Quem é aquela sereia?
Me parece tão distante

Já perguntei pra João
Já procurei em alto mar
Já pesquisei nesse chão
Por onde ela andará?
Corra lá e diga a ela
Que lhe fiz uma canção
Só queria que ela ouvisse
Pra dizer se gosta ou não

Meu pensamento mareia
Corro os dedos na viola
Quem é aquela sereia?
Porque ela não me namora?
Lua me deixou crescente
Sempre irei lhe cortejar
Quem é aquela sereia?
Que vêm vindo me encontrar

Agradeci a João
Que tentou me ajudar
Mas foi a lua crescente
Que fez a sereia voltar
Obrigado oh bela lua
Foi você quem me guiou
Hoje vivo tão contente
Ao lado de meu amor

(Marcos Tannuri e Bil-Rait "Buchecha")

Velhos tempos

Eu sou do tempo do caldo de cana
No copo de papel
Da feira que vendia pato
Mico no laço e biscoito a granel
Tempo não muito distante
Mas parece que em instantes o tempo passou
Tempo que se foi com o tempo
E dos tempos idos saudades deixou

Vai longe o tempo em que casa
Era iluminada a luz de lampião
Já faz muito tempo que o homem
Pra ser valente brigava na mão
No tempo real da folia
A corda isolava o bloco de rua
Faz tempo que o apaixonado
Não faz serenata sob a luz da lua

REFRÃO

Faz tempo que a gente não vê
Um malandro de linho com um bom bicolor
Há tempos não se ouve na praça
Palavras concretas de real valor
Há tempos papai me contava
Sobre as peripécias do velho vovô
Tempos que marcam lembrança
Pra mim são heranças que o tempo deixou

REFRÃO

(Bil-Rait "Buchecha" e Vantuir)

Retrato cantado com Noel

Sentado a mesma mesa, de cabeça baixa
Como quem pensa, vejo-te vivo
Como quem compõe um último samba
Samba que jamais será ouvido (bis)
Pernas cruzadas, vestindo um terno
Na mão esquerda, o cigarro eterno
Do lado direito a saideira
Servida em sua morada derradeira
Hoje sou eu, que componho entristecido
Por não viver em seu tempo
E não tê-lo conhecido

Fecho os meus olhos, penso em ti
E num devaneio bom até consigo lhe ouvir
Fecho os meus olhos, penso em ti
E num devaneio bom até consigo lhe ouvir

Ora meu rapaz pensas que não
Mas sentado aqui também o vejo
E se minha imagem lhe provoca inspiração
Este é meu último desejo
Estou   feliz,   por estar aqui
Como símbolo, plantado onde nasci
Gerando frutos a cada alvorecer
Perpetuado, bem fiz por merecer
Colhendo admiração e lealdade
Me leve junto a ti, e me dê continuidade

(Bil-Rait "Buchecha" e Nina Rosa)

Quero viver sonhando - xote



Mas que menina é essa que revira minha cabeça
Quando passa pela praça causa um arrepio geral
Cintura fina com uma pele de canela
E um rebolado que sacode o pensar do pessoal
Meu Deus do céu, mas que rara beleza
Ela é tudo que faltava para minha vida
Infelizmente não nasci na realeza
Tenho casa de reboco e na mesa pouca comida
Quando vem a bela lua deito em minha rede
Fecho meu zóio e sonho um sonho bom
A tal menina deita em minha cama
Sussurrando em meu ouvido que quer ser minha mainha
Vamos suando com a troca de carícias
Dançando o nosso xote bem até de manhãzinha
E chega o sol dando tapa em meu rosto
Quase morro de desgosto, pois foi tudo uma ilusão
A tal menina nem sequer deitou comigo
Fiquei tão desiludido quando acordei no chão
Amigo sol não faça isso comigo
Prefiro viver sonhando
Não quero acordar mais não

(Bil-Rait "Buchecha")

Quando a gente se estranha

Sei lá, o que acontece
Quando a gente se estranha
A infelicidade dentro de mim
Ganha tamanha proporção
Amor, faz isso não
Abaixe o escudo que envolve o coração
Embainhe a espada que nos fere o sentimento
Vem pra perto, vem sem medo
Pois sou eu quem está aqui a lhe pedir
Não acelere para o fim
O que pra nós foi bom começo
Agindo assim vamos pagar um alto preço
Só precisamos de uma chance
Para reatar os nós
Se houver revanche
O sentimento certamente perde a voz
Não devemos deixar calar o nosso amor
E nem alimentar a fome do rancor
Assim sofre você e eu sofro também
Distantes não sei nem o que será
Sei lá

(Bil-Rait "Buchecha" e Vantuir)

Ponto de encanto

Ôôôôaê, ôôôôaê, ôôôôô, ôôôôô
Disse adeus pra Nanã quando partiu
Disse adeus pra Nanã quando partiu
Foi prum canto e um canto não bastou
Catar nos oito cantos precisou
Pra num ponto de encanto descansar
Abaô, Papai, encontrou seu lar
Nos braços de Iemanjá
Nos braços de Iemanjá

Xapanã os caminhos vai limpar
Xapanã os caminhos vai limpar
Orixá que fez chagas e curou
Com seu xaxará, o egum espantou
Rei da terra, opanijé dançou
Em todos os terreiros que baixou
Ôôôôô, ôôôôô

E voltou
Em sua aldeia o xirê avistou
Balançou
No centro da roda o amor lhe soprou
Mas o fado mais forte lhe marcou
Iansã foi pros braços de xangô
Pedra desencantada, eparrei
E o velho voltou pro seu ilê
Ôôôôaê, Ôôôôaê

É na palha de Omolu que eu vou
É na palha de Omolu que eu vou
Pra tirar as pragas desse andar
É o encontro da terra com o mar
Cambará, Xaxará, guiné, dendê
Xapanã, atotó, obuluaê
Ô Ôbaluaê, Ô Ôbaluaê

(Bil-Rait "Buchecha", Alexandre Magno e Rafael Maieiro)

Poesia Barata







Entra num bar qualquer
No vazio do olhar, o descaso
No meio de tantos outros
Me fita, me escolhe
Me compra barato
Me pega entre os dedos
Me envolve em teus lábios
Acende meu corpo

 
E eu queimo calado
Então traga minh’alma
E me expulsa de si
Me deixa em descanso
E se esquece de mim
Depois...
Entre um gole e outro
Me consome de novo
E me sinto acabado

 

Novamente deixado de lado
E num último toque
A esperança me agarro
Logo o apego se esvai, me pisa e me apaga
Como se eu fosse um cigarro

(Bil-Rait "Buchecha" e Nina Rosa)

Perdas em ganhos - Dueto





Ah, esse meu coração tão devastador
Só causa a dor a quem me ama
Ah, se eu fosse mais forte e me pudesse opor
Ao conquistador de tantas camas
Eu juro
Não te faria sofrer
Com eterna desventura de cozer
Minhas linhas derramadas no prazer
Te levaria mulher ao interior do meu viver
E te faria mulher peça única do meu querer

Ai, esse teu coração tão devastador
Só traz a dor a quem te ama
Se eu tivesse mais sorte e pudesse supor
Não conquistarias tais tantas damas
Não jures
O que não podes cumprir
Basta de tentar se redimir
Agora que em tuas linhas te enrolaste
Vem deitar-te em minha cama com um amor que já não arde
Um homem que não sabe dar valor
Pode entregar a mulher às conquistas de um novo amor

(Bil-Rait "Buchecha" e Rafael Maieiro)

Carnaval



Carnaval
(Nina Rosa, Bil-Rait "Bucheche" e Maria Clara)


Sai da minha frente, meu enredo não é o seu carnaval
Fica pensando que ainda é o tal
Que eu preciso de você para viver
Segue seu caminho, me esquece, vá cuidar de você
Não tenho mais satisfações a lhe dar
É melhor deixar pra lá
Não dou o perdão
Pra quem só me deu motivos pra sofrer
Sofri
Vou me reconstruir, crescer
Sem você
Vi que a vida é muito mais, sei que ainda sou capaz
De ser feliz e de sorrir
Sem precisar de ti
Quero cuidar de mim, sair
E de você não vou sentir saudade
Quero um homem de verdade

Nada de mim

Tantas promessa eu te fiz
Tudo de bom, nada ruim
Lembro que te prometi
O amor mais puro em lençóis de cetim
Mas o sonho se dissipou
Tudo partiu, tudo avoou
E agora o meu violão
É o que me resta nesta solidão
Na verdade foi erro fatal
Te iludir, te fazer mal
Mas a vida é assim
As coisas acabam, tudo tem fim
E por isso por favor
Não traga regras
Pro meu amor

(Adam Tommy e Bil-Rait "Buchecha")

Mulher ingrata - marchinha

Você que só vive pensando em si
Tenha dó, te-tenha dó de mim
Cansei de ver minha vida dando ré
Mulher ingrata, la-larga do meu pé

O que fa-fazer se não queres meu calor
Não vou mais pedir sua atenção
Só-só lamento viverás sem meu amor
Me-me fartei da tua ingratidão

(Bil-Rait "Buchecha")

Minha diretriz

Cantar samba me faz bem,
Cantar samba me acalma,
Pois no samba eu descobri
Segredos que relaxam minha alma

Quando criança, papai me ensinou
Que se eu seguisse seus passos
Eu seria mais feliz
Pois o samba me acalanta
O bom samba me ensina
Hoje o samba é minha diretriz

Samba
Não canso de citar seu nome
Samba
A luz que clareia e consome

(Bil-Rait "Buchecha" e Zé Paulo)

Fevereiro

Que samba é esse que eu escuto agora?
Onde está a poesia de outrora?
Será que ainda sou romântico demais?
Ou tudo que era bom ficou pra trás?
Hoje em dia tolos são poetas
E poetas são descartáveis
Pois suas letras e melodias fazem o mal
Aos que fizeram do nosso palco
A passarela do vil metal
Já não importa quem porta a bandeira
O Mestre-Sala já não protege o pavilhão
A Bateria não é mais o coração, virou apenas decoração
De um passado glorioso descompassado pela desilusão
No quartel do baixo astral
A Baiana entrou em forma e se sentindo reprimida
Não mais girou comovida por ordem do general
Marchou por toda a avenida e nunca mais foi aplaudida
A festa já não é mais popular
Pois o povo está de fora
E avise para quem acabou de chegar
Que receba esta esmola
Do que restou de uma escola
Que não tem mais o que ensinar


E quando a quarta-feira chegar
O tolo com medo de cinzas virar
Negará três vezes que concorda com o que está a escutar
E dirá que sim,
É o novo samba que eu quero cantar


(Bil-Rait "Buchecha", Nina Rosa e Adam Tommy)

Ela não entende - samba de breque

Já estou perdendo a cabeça
Não suporto mais essa situação
Pra que o pior não aconteça
Vou para curimba pedir proteção
Essa mulher não entende
Que meu coração está em sua mão
E todo dia quando chego em casa
É um tremendo quebra-pau e aquela confusão

- Não rola nem pedir perdão

Quase chorando ela diz
Que tentou de tudo para se feliz ao meu lado
Ainda não sei o que fiz
Sei que não mereço viver sendo assim maltratado
Essa mulher não entende
Que em sua mão está meu coração
Mas todo dia quando eu chego em casa
Acabar com essa agonia é minha intenção

- Nega, preciso de compreensão
- Vou pegar minha viola e te cantar uma canção
- Depois vamos para o quarto, dar um gás na relação

(Bil-Rait "Buchecha")

Desculpe a demora - Dueto

Nega,
Me desculpe a hora
Eu lamento a demora
Mas tardando eu chego
Chega,
Não fui feita pra isso
Aceitei compromisso
E retorno não vejo
Veja,
Foi o último gole
E eu sei que dei mole
Mas não volta a acontecer
E o que quer que aconteça
Esse disse, me disse
Eu não quero saber
Saiba,
Sou mulher de respeito
E você não tem feito
Por me merecer
Homem tem que ter peito
Seu filho da ...
Pára,
Se é pra baixar o nível
Não estou disponível
A esse tipo de papo
Ô mulher deixa disso
Termine com isso
E prepare meu prato
Ah vem cá que ainda não terminei
Se quer mesmo esse prato espere sentado
Que é pra engolir e sentir o amargo da vida que passo

Passe a entender, sempre retorno ao nosso lar
Se voltar a vacilar, ponho outro em seu lugar

(Bil-Rait "Buchecha" e Marcos Tannuri)

terça-feira, 15 de junho de 2010

Candelária

Marcado pela indiferença e o desafeto
Conheci o abandono quando ainda feto
Ver mamãe definhando
Dia e noite, noite e dia
Vida tomada de revolta e agonia
Só chão, sem parede, sem teto, sem pão
Me acostumei a conviver com o não
Sem amigos, sem esperança, sem crença
Entre o certo e o errado não via diferença

Bati carteira, celular, bolsa e cordão
Bati, apanhei, chorei, errei em vão

Certa vez me disseram
Que havia um Deus que me guardava
E por Ele, dia e noite eu aguardava
Também me falaram que ele
Residia em algum lugar
Procurei, encontrei e de seu quintal
Fiz meu novo lar

Bati carteira, celular, bolsa e cordão
Bati, apanhei, chorei, errei em vão

E numa noite como as outras que o frio consome
Fui batizado pela lei do homem
Mais ódio, mais medo e dor
Nasci gente e morro cão
Sinto pesar em meu corpo
O braço da escuridão
Me acostumei a conviver com o não
Sem amigos, sem esperança, sem crença
Entre o certo e o errado não via diferença

Bati carteira, celular, bolsa e cordão
Bati, apanhei, chorei, errei em vão

(Bil-Rait "Buchecha" e Adam Tommy)

Calma mulher

Calma mulher, que dias melhores virão
Se acalme menina, não chores pela manhã
Calma mulher, que dias melhores virão
Se acalme menina, não chores não
O mundo de hoje não permite fraquezas
Mas nos dias difíceis não abaixe a cabeça
Tenha fé em si, não esmoreça
Cada qual sabe a beleza de ser o que é
Tem gente que diz tanta besteira
Mas não compreende o que é ser mulher
Não me peça desculpas
Me dê um sorriso
Estou sempre contigo
Sou seu amigo

(Bil-Rait "Buchecha" e Tommy Vidal)

Banjo safado

Eu fui no pagode

2 X
Encontrei com aquele rapaz
Que tocava um banjo safado
Acabava com o samba e botava pra trás

O danado tomava
A cerveja da mesa
E batia com a mão
Atravessava a harmonia
Quebrava o cavaco
E o violão
Figuraça metido a bamba
Matava o samba
Cantando Noel
Mas a galera da roda
Já manja que o cara
É um tremendo pastel

REFRÃO

A mulata faceira
Sambava no pé e me olhava do lado
Chega o garoto metido
Contando pra ela
Que eu sou casado
Fura olho
Atrapalha os amigos
Atrasa a galera
E deixa na mão
Corre pra casa menino
Se nego te pega te deixa no chão

REFRÃO

Quando cheguei na Mangueira
O danado já estava um bocado mamado
Quis agarrar minha nega
Conversa de sete e papo furado
Foi puxar o meu tapete
Levou uma cadeirada
Perdeu o banjo safado
E agora não canta e não toca mais nada

Eu vou ao pagode
2 X

Já não vejo aquele rapaz
Que tocava um banjo safado
Acabava com o samba e botava pra trás

(Bil-Rait "Buchecha" e Nina Rosa)

Canto de esperança

A esperança pousou em meu cantar
Foi sorte trazida pelo vento
E o verso que ecoa pelo ar
É gota inundando o pensamento

Faz amenizar a dor
Que castiga meu corpo dia-a-dia
Faz aliviar a dor
Que só torna mais lento o caminhar

É o meu cantar,
O meu cantar
É prece que encanta em todo canto
É benção que ilumina gerações
É o sol que anuncia um novo dia
É grito que ensurdece multidões

Meu canto é o que dá asas a esperança
Como riso de criança
E motiva o meu povo
Passo ao mais novo como herança
Pra que amanhã a esperança
Possa enfim pousar de novo

(Bil-Rait "Buchecha" e Adam Tommy)

Canto da dor



Canto da dor
(Bil-Rait "Buchecha")


O mundo que eu vivo sorri se eu morro por dentro
E tudo que eu amo maltrata o meu sentimento
Me sinto cansado, amargo, vetado, sofrido
Se tenho sofrido, não quero que tomem partido

Deixa pra cá, porque eu sou maior
Se eu me amarro, sou quem desfaz o nó
Se faz comigo, cuidado que eu faço pior
Quando é assim, eu as vezes me sinto melhor

No mundo que eu vivo eu viro boneco de pano
Abaixo a cabeça, me calo, concordo, me engano
Se sonho, me cego, eu erro, me iludo, eu minto
Mas só minto pra mim, quem sofre sou eu, eu sinto

Deixa pra lá, depois vira pó
O vento leva, e aí eu me sinto melhor
A história é minha, e sei que eu não estou só
Quem riu primeiro, é quem teve o riso pior

No mundo que eu vivo tem gente que gosta da dor
E quem veste disfarce não vai conseguir ver quem sou

Eu sou maior, não estou só
Vou rir por último, mas sei que meu riso é melhor
Desfiz o nó, não virei pó
Vou rir por último, mas sei que meu riso é sem dó