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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Valsinha nº 3



Valsinha nº 3

(Nelsinho Freitas e Bil-Rait “Buchecha” )

Farpas e tapas
E janelas sem cortinas
Quando Juliana de repente me deixou
Quartos, paredes
Sem os quadros e a rotina volta
Juliana, traz os sonhos que levou
Volta, traz de volta
A nossa cama,
O nosso drama, não reclama
Não me engana
Traz de volta o nosso amor
Ou o que amiúde
Juliana
Fez seu corpo resolver ficar comigo
Outra vez
Mais uma vez
Traz de volta o que levou
Seja o que for
Trégua, mágoa, alívio
Traga mesmo que

terça-feira, 28 de junho de 2011

Menina


Menina
(Rafael Maieiro, Ricardo Mansur e Bil-Rait)

Eu, como beijo, peço
Ágüe-me até o fim
Eu, como lago, faço
Abraço, laço, todo em mim

Eu, como maço, amasso
Desterro largada no enfim
Eu, como traste, adormeço:
Sonhada a liberdade carmim

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Carnaval



“Carnaval”
(Bil-Rait, Nina Rosa e Maria Clara Coelho)

Sai da minha frente, meu enredo não é o seu carnaval
Fica pensando que ainda é o tal
Que eu preciso de você para viver
Segue seu caminho, me esquece, vá cuidar de você
Não tenho mais satisfações a lhe dar
É melhor deixar pra lá
Não dou o perdão
A quem só me deu motivos pra sofrer
Sofri
Vou me reconstruir, crescer
Sem você
Vi que a vida é muito mais, sei que ainda sou capaz
De ser feliz e de sorrir
Sem precisar de ti
Quero cuidar de mim, sair
E de você não vou sentir saudade
Quero um homem de verdade

segunda-feira, 28 de março de 2011

Fantasias




Fantasias
(Bil-Rait, Rafael Maieiro, Jarbas Gomes, Alexandre Magno, Guilherme Vargues e Nina Rosa)

Vestido como arlequim
Disfarço até o fim
O amor profano
Que sinto pela freira
Sagrado que nem tamborim
Disparo mil faces de mim
Que não morrerão
Na quarta-feira
Serei o herói do país
Do povo que chora feliz
De fome que passa
Com a abrideira
O rei do meu botequim
Abel dando fim em Caim
Polícia pegando a porta-bandeira
A vida, carreira, clarim
O Clóvis caiado a cauim
A bicha, a noiva
E o Zé Pereira
Tiranos, balas de festim
Ciganos, pierrots e afins
Chapados, piranhas
E a carpideira
Maridos, velhas no bar
Mendigos, órfãos de lar
Bandidos, meninas más
Caveira
O rei de todo botequim
Sou anjo de roupa carmim
Bailando inocente
Pela cidade inteira

Nem vem




Nem vem
(Bil-Rait)

Nem vem,
Que eu tô tão bem
Sai da minha cola
Não quero saber de ninguém
Meu bem,
Amor tô sem
Bolso furado
Não vai se achar um vintém

Já faz parte do passado
O que tive com você
E foi nesse jogo insano
Que apostei meu bem querer
Porém sempre há saída
Pra evitar desilusão
Você segue o seu caminho
E eu vou na contramão

Tá Maluca!



Tá Maluca!
(Bil-Rait)

Essa menina tá maluca
Ela tá maluca e quer fundir a minha cuca

Pergunto se ela quer separação
Ela diz que não, ela diz que não
Pergunto se ela quer ser minha mulher
Ela diz que quer, ela diz que é
Diz que não sabe o que quer da vida
Diz que sabe bem o que não quer
Se digo fica, ela diz que está de partida
Se digo vá, ela diz que faz o que quiser
Tá maluca!

Bilhete




Bilhete
(Rafael Maieiro, Guilherme Vargues e Bil Rait)

Escreverei num bilhete
As palavras esquecidas
Daquele amor delinqüente
De desejo sem saída

Escreverei num bilhete
Ao tom de mais uma lembrança
Toda aquela esperança
De ser tudo mais confete

Escreverei no bilhete:
Me desejo de partida
Por mim não me é tida
Como amor marionete

Dá nada



Dá nada
(Bil Rait, Nelsinho Freitas e Nina Rosa)

Quero da nega o que a nega me dê
E essa nega não me pode negar
Quero saber se essa nega me pega
Pondo praga, pondo reza, pondo regra pra se dar
Prazer, dá nada
Na tua pele o cheiro de dendê
Na minha mente penso vatapá
No boca a boca o cheiro verde do teu gosto
Quero tudo, quero todo, do meu molho eu vou te dar
Prazer, dá nada

Eu tô querendo casa com essa nega
Mas eu sem casa nega não quer casar
Se ao nosso caso o acaso traga azar
Acaso é caso resolvido, faço tudo pra te dar
Prazer, dá nada
Desculpe se eu não me fiz entender
Se escrevo torto então me deixa falar
Tudo que tenho parto pra você
É molho, é cheiro, é reza, é trela e uma imensa vontade de te dar
Prazer, dá nada

Pra quê?



Pra quê?
(Bil Rait)

Pra quê tanto rancor
Se temos tão pouco tempo pra existir
Pra quê ter tanta dor
Se temos tão pouco corpo pra sentir
Pra quê ter que insistir
Se temos tão pouco verbo pra mentir
Pra quê querer ser tão pouco
Se o pouco que somos dá até pra dividir

Pra quê tem que ser cedo
Se temos tão pouco tempo pra sonhar
Pra quê ter tanto medo
Se temos tão pouco corpo pra agüentar
Pra quê ter que calar
Se temos tão pouco verbo pra rimar
Pra quê querer ser tão duro
Se o duro que damos dá até pra nos matar

Pra quê tantos sabores
Se temos tão pouco tempo pra provar
Pra quê tantos valores
Se temos tão pouco corpo pra sangrar
Pra quê se despedir
Se temos tão pouco verbo pra fugir
Pra quê querer ser remédio
Se o respeito vai pro brejo, eu quero é mais nos prevenir
Pra quê querer ser só culpa
Te peço desculpas, vamos nos reconstruir

De fole em fole (Baiote)




De fole em fole (Baiote)
(Nelsinho Freitas, Alexandre Magno e Bil-Rait)

Dêrauê rapauêra
Pauêraiará
Dêrauê rapauêra
Pauêraiará
Vim do norte, vim de longe
Eu venho lá do sertão
Vim parar nesta cidade grande
Pra tentar meu ganha-pão
Vim do norte, vim de longe
Eu venho lá do sertão
Vim parar na cidade grande
Pra tentar meu ganha-pão
Dêrauê rapauêra
Pauêraiará
Dêrauê rapauêra
Pauêraiará

Na minha terra tem chão seco
Com sede, sem água,
Nada pra beber
Ma pelo meno tem o meu amor
Por você
Ma pelo meno tem o meu amor
Por você
Dêrauê rapauêra
Pauêraiará
Dêrauê rapauêra
Pauêraiará

Se passa o tempo, passo frio, passo seco
Passo um mês, um ano cheio
Mas um dia eu vou voltar
De fole em fole já rodei a vida inteira
O mundo todo, fiz dinheiro
Pra mode poder casar